Minha relação com Bordado

Sou historiadora, mas sempre fui artesã. Sempre tive muita intimidade com agulha e linha, costuro à mão há tanto tempo quanto escrevo. Costuro à máquina há mais tempo do que me entendo como mulher. Neta de alfaiate e de artesãs, criada entre linhas, tecidos e agulhas. Nascida na capital do bordado. Eu voltei a  bordar, ou comecei a praticar de verdade o bordado nos últimos anos, depois de ver trabalhos interessantes sobre bordado e feminismo, ou como mulheres se expressam sobre suas realidades sociais através do bordado. Mulheres que bordam seus corpos, ou corpos fora do padrão midiático. Mulheres que bordam palavras de outras mulheres. Mulheres que bordam relações afetivas e outras destrutivas. 

O bordado é uma ferramenta poderosa. Como atividade manual seu processo leva tempo, exige atenção, a pessoa que borda pode chegar a uma espécie de estado meditativo, concentrando-se na imagem que quer produzir com a linha. Como arte o bordado é uma forma de sensibilizar, de educar os sentidos, e, porque não, os sentimentos. 

Bordado é uma forma de arte.

Arte é uma forma de comunicação que sensibiliza, que informa através de sentimentos, sensibilidades.

Essas relações entre o sentir e o criar, o falar com agulha e linha me pareceram o lugar perfeito para me expressar. Um lugar ao qual pertenço, onde me sinto confortável e segura.  Comecei a bordar buscando uma voz para conseguir dizer o que eu queria. Ás vezes as palavras não me são tão fáceis quanto um ponto, um nó.

Sou historiadora, mas sempre fui artesã. Sempre tive muita intimidade com agulha e linha, costuro à mão há tanto tempo quanto escrevo. Costuro à máquina há mais tempo do que me entendo como mulher. Neta de alfaiate e de artesãs, criada entre linhas, tecidos e agulhas. Nascida na capital do bordado. Eu voltei a  bordar, ou comecei a praticar de verdade o bordado nos últimos anos, depois de ver trabalhos interessantes sobre bordado e feminismo, ou como mulheres se expressam sobre suas realidades sociais através do bordado. Mulheres que bordam seus corpos, ou corpos fora do padrão midiático. Mulheres que bordam palavras de outras mulheres. Mulheres que bordam relações afetivas e outras destrutivas. 

O bordado é uma ferramenta poderosa. Como atividade manual seu processo leva tempo, exige atenção, a pessoa que borda pode chegar a uma espécie de estado meditativo, concentrando-se na imagem que quer produzir com a linha. Como arte o bordado é uma forma de sensibilizar, de educar os sentidos, e, porque não, os sentimentos. 

Bordado é uma forma de arte.

Arte é uma forma de comunicação que sensibiliza, que informa através de sentimentos, sensibilidades.

Essas relações entre o sentir e o criar, o falar com agulha e linha me pareceram o lugar perfeito para me expressar. Um lugar ao qual pertenço, onde me sinto confortável e segura.  Comecei a bordar buscando uma voz para conseguir dizer o que eu queria. Ás vezes as palavras não me são tão fáceis quanto um ponto, um nó.