La Catrina

la catrina

Essa é minha La Catrina, a tradicional caveira mexicana enfeitada de dia dos mortos. É uma figura feminina de alto status social, inspirada pelas imagens da Dama da Morte, ou Mictlacacíhuatl, senhora do inframundo. A imagem foi resgatada e popularizada com a rev. mexicana como uma forma de dizer qua somos todos iguais perante a morte.

Atualmente o Día de los Muertos é uma das mais importantes festividades do México. É a celebração dos mortos, momento em que seria permitido a sua visita ao mundo dos vivos. As pessoas se lembram de seus ancestrais e festejam com muita comida, bebida e música. Apesar da maioria dos costumes e tradições desse feriado terem origem na cultura indígena, a escolha da data em si é um sincretismo com o catolicismo da colonização. No período pré-colonial as festividades e honras aos mortos eram realizadas durante todo o mês de agosto, quando eram feitos cultos e rituais com sacrifícios para aplacar a sede dos deuses.

O 2 de novembro também é o resultado de um sincretismo entre o cristianismo e religiões pagãs europeias. A princípio a Igreja celebrava seus mortos em 13 de maio quando misturando-se com as tradições greco-romanas foi criado um dia para celebração dos mártires, ou de Todos os Santos, ressignificando o Panteão romano. A partir da conquista dos celtas, a data foi transferida para o começo de novembro numa tentativa de absorver e apagar as tradições do Samhain. Essa festividade relaciona-se com a colheita e o fim do verão no hemisfério norte, marcando a virada de ano. Era um momento em que as portas para o outro mundo estavam abertas, aconteciam coisas sem explicação, era possível entrar em contato com entidades do outro mundo e os mortos visitavam seus parentes. 

O muito celebrado Halloween é mais uma festividade que teve sua origem nesta tradição, Significando literalmente "véspera do dia de todos os santos", o dia das bruxas é o primeiro de três dias de celebração que se relaciona com o mundo dos mortos. No Brasil a data se transformou em Dia do Saci, uma forma de afirmação da cultura nacional em contraposição ao cada vez mais comercial Halloween, sendo um símbolo de resistência cultural