"Pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade."
“Eu sou minha única musa, o assunto que conheço melhor”
Frida Kahlo foi uma pintora mexicana que buscou colocar na sua arte sua própria identidade. Ela representou o orgulho nacional da cultura mexicana, com suas flores e cores e referências diversas às origens indígenas em contraposição aos imperialismos. Ela é vista como um ícone feminista pela sua força e resistência aos padrões sociais impostos. Ela se recusava a fazer as sobrancelhas e o buço, usava roupas consideradas masculinas e era bissexual. Muito de sua arte mostra o seu sofrimento, de seus amores e de suas doenças. Frida teve poliomielite quando criança (ah! se tivesse vacina né?) o que fez com que tivesse uma perna menor que a outra. Aos 18 anos sofreu um acidente de ônibus que deixou sequelas para o resto da vida. Frida sofria com dores crônicas na coluna e nas pernas.
Hoje vemos por aí uma infinidade de produtos comercializados com sua imagem, suas frases, referências à sua arte... Mas o que algumas pessoas se esquecem é que A FRIDA ERA COMUNISTA. Não só pela influência de seus relacionamentos românticos com o pintor muralista Diego Rivera, ou até mesmo com Trotsky (galera da fofoca histórica pira nesse caso), mas desde jovem Frida se envolveu com grupos políticos de esquerda e participou do Partido Comunista Mexicano. Muitas de suas obras representam a esperança na revolução e uma inspiração à consciência de classe.
Se viva hoje, Frida seria grande fã do SUS, ela acreditava que o acesso à saúde deveria ser gratuito e universal, ou como diz o título de uma de suas obras: O Marxismo dará saúde aos doentes (1954).