"Ferido pelas lanças mortais das tristezas próprias e alheias, admirou a impavidez da teia de aranha nas roseiras mortas, a perseverança do mato, a paciência do ar na radiante manhã de fevereiro. E então viu a criança. Era uma pelanca inchada e ressecada que todas as formigas do mundo iam arrastando trabalhosamente para os seus canais pelo caminho de pedras do jardim. Aureliano não conseguiu se mover. Não porque estivesse paralisado pelo horror, mas porque naquele instante prodigioso revelaram-se as chaves definitivas de Melquíades e viu a epígrafe dos pergaminhos perfeitamente ordenada no tempo e espaço dos homens: O primeiro da estirpe está amarrado a uma árvore e o último está sendo comido pelas formigas."